quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Portugal à cair

Tabela de:.inverbis./coeficienterenda

Infelizmente o não aumento do coeficiente que permite aumentar as rendas em 2010 e a atribuição de um aumento de 0,30 cêntimos por cada 100,00 euros de renda, condena os Centros Históricos a tornarem-se verdadeiras ruínas.
A carga fiscal em cima dos senhorios com rendas baixas é demasiadamente elevada. Existem senhorios que paga para os inquilinos viverem em suas casas, os impostos e as contribuições sobre imóveis são superiores aos ganhos anuais. Isto faz com que muitos senhorios deixem de pagar seguros. Em caso de incêndio nas cidades velhas, jamais o património poderá ser recuperado com a traça original e depois devido os problemas de estacionamento e o fraco comércio tradicional mais a desertificação natural, faz com que não haja investidores. Como se não bastasse estes problemas, a abertura de negócios nas cidades históricas exigem um investimento muito grande, não só em projectos e licenças como também pelas pequenas divisões existentes nas casas antigas, salvo "ÓBIDOS" que é um excelente exemplo de conservação de uma cidade histórica, onde o comércio trabalha num património não modificado, estas casas funcionam com as mesmas dimensões de à 100 anos.
ÓBIDOS sem dúvida deveria ser um exemplo para todo Portugal, pois o que é típico é que é histórico e de interesse para o turismo nacional. Podemos também aprender com os espanhóis pois eles são um bom exemplo de gestão turística e os portugueses pagam e deixam lá muito dinheirinho para ver coisas recuperadas que temos cá.

Quanto as rendas baixas, existem muitos senhorios com rendas inferiores à 20,00 euros e alguns com menos de 2,00 euros de renda. Ora! Temos que ver que a mão de obra facturada por um profissional da construção civil é cerca de 25,00 euros hora, fora o material. Isto faz com que o investimento dos senhorios no Centro Histórico, seja muito mal negócio, sem falar que a maioria não têm dinheiro nem para recuperar à casa onde vivem, quanto mais fazer obras a favor de inquilinos que têm mais poder de compra que eles.

Outro factor que desmotiva e condena os Centros Históricos são sem dúvidas os inquilinos não residentes. Estes já vivem em casas modernas e confortáveis mas não entregam as casas velhas por causa das rendas baixas, usam na sua maioria, as casas para guardarem mónos, ou seja à casa serve de armazém.
Por sua vez o senhorio sabe disso e sabe que estas casas têm a água e a luz desligada à muitos anos, também sabe que o inquilino aparece ali uma ou duas vezes por ano. só que um processo em tribunal é caro e moroso, muitas vezes superiores aos rendimentos do senhorio. A única solução é fazer uma inspecção e ver caso a caso os problemas do património e da mesma forma que o governo exige obras do senhorio, exigir também aumentos significativos dos inquilinos que lá não vivem e que impedem o progresso da cidade.

Quantos aos aumentos: É realmente uma vergonha. Imaginem que no primeiro caso o governo aprovasse um aumento de 500% para rendas até 20,00 euros. Aqui teríamos uma renda de 100,00 euros mensais, ganhava o governo com os impostos e o senhorio que poderia fazer algumas melhorias. No caso de 2,00, teríamos um aumento para 10,00 euros, pelo menos seria um aumento significativo e pouco à pouco ia-se dando vida aos centros históricos.

Com a actual crise, seria óptimo para todos, inclusive para as seguradoras que fariam mais seguros.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Introdução

Este trabalho tem como objectivo criar uma ligação, uma ou mais hipotéticas parcerias entre Xantarino Hotel e outros serviços ligados a Santarém, cujo objectivo fomente o Turismo e o desenvolvimento da região.
Um dos objectivos é aproveitar os investimentos do Aeródromo de Santarém e os investimentos das zonas ribeirinhas para promover o Hotel e criar serviços inerentes aos mesmos.

O projecto apresentado pelos promotores da elevação da cultura avieira a património nacional foi aceite pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDRA).

Tendo em conta que nos próximos anos serão criadas e desenvolvidas muitas infra-estruturas, e baseado nas informações dos investimentos que serão feitas em pró da recuperação do Centro Histórico de Santarém, das zonas ribeirinhas, de algumas aldeias avieiras, da construção do aeroporto em Alcochete e da linha férrea do TGV.

O projecto prevê ainda a promoção do turismo fluvial com passeios e a criação de rotas, assim como de novos ancoradouros que permitam a mobilidade.

Informações e Propostas

De acordo com a história, a evolução do comércio e da indústria e a evolução dos produtos e serviços, deram-se com a expansão dos transportes e da comunicação.
Sendo assim, os projectos aqui mencionados neste blog, têm como objectivo, ficar pronto até 2017. Este é o tempo de fazer os devidos preparativos e para projectar um bom plano de Marketing para tirar o maior rendimento e partido desta situação que se avizinha.

Com os novos projectos a serem desenvolvidos em Santarém, Xantarino Hotel poderá alargar a seu leque de serviços e produtos, oferecendo assim um maior pacote de ofertas de produtos e serviços a seus clientes.

Xantarino Hotel, poderá no futuro oferecer a seus clientes passeios de canoas e de barco pelo Tejo, pesca desportiva, visitas guiadas as aldeias avieiras como Escaropim, Palhota, Patacão e outras, passeios de avião e táxi aéreo, desporto no Tejo, visitas ao património do Tejo e ao artesanato local e outros produtos e serviços além do habitual.

Para isso é preciso acordar com as empresas de transporte aéreo e fluvial, uma parceria em que os interessados divulguem e vendam ambos produtos na região. Outro modo de divulgação é aproveitar os postos de turismo para divulgar as actividades como concurso de pesca e práticas de desporto no Tejo. Não podemos esquecer que a Marina do Parque das Nações, é uma grande mais valia para promover o Hotel e o Turismo em Santarém.

A Marina do Parque das Nações é um elo muito importante para o negócio do Turismo, esta zona recebe milhões de pessoas por ano, destacam-se, como exemplos da arquitectura presente no Parque das Nações, as abóbadas das plataformas da Gare do Oriente, de Santiago Calatrava, impondo a sua linha arquitectónica; o Pavilhão de Portugal, do arquitecto português Álvaro Siza Vieira, que tem por entrada uma imponente pala de betão pré-esforçado, que se baseia na ideia de uma folha de papel pousada em dois tijolos, abrindo o espaço à cidade para albergar os diversos eventos que um espaço desta escala acolhe.

O Parque dispõe de um Pavilhão do Conhecimento, um moderno museu de ciência e tecnologia com várias exposições interactivas; um teleférico transporta os visitantes de uma ponta à outra da área da antiga exposição. De referir ainda o Pavilhão Atlântico, a emblemática Torre Vasco da Gama, o edifício mais alto da cidade, e o Oceanário de Lisboa, um dos maiores aquários do mundo.
Também é bom procurar uma parceria com um Hotel local, de maneira a fazer uma ponte de ligação entre Lisboa e Santarém.




Vantagens:

Angariação de novos clientes.
Desenvolver novos produtos e promover o Hotel.
Alargar o leque de ofertas, criando novos pacotes de férias.
Promover o Turismo da região.
Tornar o Hotel mais conhecido dentro e fora do país.
Publicidade em conjunto com o Turismo Local.

Na publicidade ao Hotel, proponho outdoors junto aos aeroportos e aeródromos, junto ao Parque das Nações, flyers nos postos de Turismo dos grandes Centros urbanos, nas aldeias avieiras envolvidas, nas casas de comércio e de artesanato locais, nos postos de turismo das principais praias do país, uma página na Internet bem elaborada mencionando as actividades e os serviços que oferece. De vez em quando publicar artigos e eventos que o hotel promove, no Jornal o Público.

As aldeias avieiras



As aldeias avieiras


"Avieiros" é nome dado ao grupo de pescadores naturais da Vieira de Leiria (alguns também de Aveiro) e que, desde o início do séc. XX até aos anos 60, começaram a chegar às margens do Rio Tejo e do rio Sado, sobretudo durante o Inverno, em busca de melhores condições para pescar.

Inicialmente rejeitados pelos naturais destas regiões ribeirinhas, os avieiros viam-se obrigados a viver dentro nos seus próprios barcos durante o período que passavam por estes rios acima. Pouco a pouco foram-se integrando na região e fazendo alguns trabalhos agrícolas, sobretudo nas culturas sazonais de Verão do Ribatejo como o milho e tomate.



Naquela altura começaram a passar boa parte do ano fora de casa e por isso foram apelidados de "ciganos do rio". Estar ausente do domicílio por períodos tão dilatados fez com que estes semi-nómadas, que protagonizaram o último grande movimento migratório do séc. XX em Portugal, tivessem que começar a construir pequenas habitações de madeira junto ao rio, maioritariamente sobre palafitas para escapar às cheias. É a estes grupos de casas que se dá o nome de aldeias avieiras. Hoje ainda existem 14, espalhadas por 10 concelhos ribeirinhos do Tejo e por mais dois no Sado (Grândola e Alcácer do Sal).



Sobre este povo de nómadas do rio há vários textos e livros escritos mas o melhor mesmo é ler o escritor Alves Redol que de forma sublime retratou esta comunidade no seu livro "Avieiros". Pode também passar pela reconstruída aldeia avieira do Escaroupim em Salvaterra de Magos, onde tem parque de campismo disponível e uma casa-museu onde pode ficar a conhecer por dentro como eram as suas casas e como viviam estes "ciganos do rio".


Ver notícia completa no Expresso.


A caminho do progresso



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segunda-feira, 20 de julho de 2009

Investimentos, aeroporto e TGV

2008-09-11
Governo apresentou programa com 120 projectos para a região Transferência do novo aeroporto faz aterrar milhões sobre a margem direita da Lezíria.

A deslocalização do novo aeroporto de Lisboa, de Ota (Alenquer) para o campo de tiro de Alcochete (Benavente), na margem sul do Tejo, traduziu-se numa espécie de taluda para quatro municípios da Lezíria do Tejo (Azambuja, Cartaxo, Rio Maior e Santarém) e 12 do Oeste. Ao todo são 2,1 mil milhões de euros de investimento previsto com fontes de financiamento diverso até 2017. Se os 120 projectos forem concretizados a face do território abrangido mudará substancialmente. Entre os projectos mais emblemáticos para esta região estão a construção de uma estação de TGV em Asseiceira (Rio Maior), a ligação ferroviária entre a Linha do Norte em Santarém, e a Linha do Oeste nas Caldas da Rainha, a variante ferroviária em Santarém e o estudo de viabilidade da variante rodoviária à EN3 entre Vila Nova da Rainha (Azambuja) e Santarém. Dos compromissos do Governo constam também a construção da esquadra da PSP do Cartaxo e do posto da GNR de Aveiras de Cima, o estudo de viabilidade técnica e financeira da ligação ferroviária entre Setil/Coruche/novo aeroporto de Lisboa, várias intervenções ao nível da rede viária, do património cultural e dos equipamentos de saúde e de educação. O protocolo de cooperação entre o Governo e os municípios foi assinado esta quarta-feira nas Caldas da Rainha e contou com a presença do primeiro-ministro José Sócrates. Os projectos do programa de acção foram negociados entre o Governo, através do ministro das Obras Públicas, Mário Lino - que coordenou os trabalhos - e os autarcas, entre Fevereiro e Julho. Os autarcas envolvidos não gostam muito que o programa de acção aprovado em Conselho de Ministros e publicado terça-feira em Diário da República seja visto como uma compensação pela perda do aeroporto e prejuízos daí decorrentes. Mas a verdade é que sem esse facto concreto dificilmente surgiria um bolo tão avultado de investimento num território que abrange apenas 16 municípios.Paulo Caldas, presidente da Câmara do Cartaxo, reconhece que esta é uma oportunidade única e um projecto estruturante para a região: “Essa ideia da compensação é ultrapassada. Trata-se de uma decisão política e de um bom modelo de cooperação entre ministérios e autarquias que conseguiram uma concertação estratégica”.Os 16 presidentes de câmara têm ainda que eleger entre si três representantes na comissão de acompanhamento e monitorização do programa de acção, que integrará também o ministro das Obras Públicas e dois secretários de Estado. Os concelhos abrangidos pelo programa de acção são: da Associação de Municípios do Oeste - Alcobaça, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Nazaré, Óbidos, Peniche, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras; e da Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo - Santarém, Cartaxo, Azambuja e Rio Maior. Os projectos dos municípios Para além dos projectos da responsabilidade do Governo, as autarquias vão assumir a execução de uma série de investimentos que contarão com financiamento nacional e europeu. Azambuja – Valorização do castro de Vila Nova de São Pedro e Mosteiro das Virtudes; requalificação do eixo urbano Azambuja/Aveiras de Cima; valorização da margem ribeirinha do Tejo e afluentes. Cartaxo – Valorização do parque central da cidade e da Ribeira do Cartaxo; Parque de Negócios Valleypark; valorização da margem ribeirinha do Tejo e afluentes; cedência de utilização das instalações do IVV. Rio Maior – Regeneração e reabilitação do espaço urbano da zona velha da cidade; Parque de Negócios de Rio Maior; valorização da margem ribeirinha do Tejo e afluentes. Santarém – Fundação da Liberdade; Centro de Turismo e Escola de Hotelaria; Casa dos Sabores – Centro Nacional de Gastronomia; requalificação urbana no centro histórico; valorização da margem ribeirinha do Tejo e afluentes; cedência de utilização das instalações do IVV.