segunda-feira, 20 de julho de 2009

Rota turística avieira envolve viagens em aviões anfíbios
03-Fev-2009
Projecto de 27 milhões, propostas contemplam investimentos de fundo nos aeródromos de Benavente e de Santarém. Recuperação de aldeias de pescadores também está incluída A criação de percursos em aviões anfíbios entre o Parque das Nações e as principais povoações avieiras do Tejo é um dos projectos da candidatura Avieiros do Tejo e Sado, que ultrapassou, no final de Janeiro, a segunda fase de apreciação no âmbito do Programa de Valorização Económica de Recursos Endógenos (Provere). O desenvolvimento de uma rota turística da cultura avieira que envolva a recuperação das oito aldeias de pescadores ainda existentes entre Azambuja e a Golegã e a reconstrução de quatro aldeias típicas de raiz são outras iniciativas propostas. Trata-se de aglomerados populacionais que foram fundados por pescadores oriundos de Vieira de Leiria - daí a sua designação - que se estabeleceram nas margens do Tejo e do Sado em meados do século passado.A candidatura, que em Agosto obteve um parecer prévio favorável da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, viu agora aceites as suas intenções de investimento, estimadas em cerca de 27 milhões de euros. A iniciativa pertence a um consórcio composto por 49 entidades e liderado pelo Instituto Politécnico de Santarém, em paralelo com o processo de candidatura da cultura avieira a património nacional. Visa "desenvolver um projecto turístico e cultural integrador de diversas actividades económicas e culturais ao longo do rio Tejo" enquanto potencial factor estratégico de desenvolvimento da região.Depois do primeiro parecer favorável obtido em Agosto, a candidatura ao Provere apresentou um projecto de intenções de investimento e de desenvolvimento para criar "a primeira rota turística do Tejo", ligando a marina do Parque das Nações a toda a zona compreendida entre Vila Franca de Xira e a Golegã, por via fluvial, rodoviária e aérea. Neste último domínio estão contemplados investimentos na melhoria dos aeródromos de Benavente e de Santarém, criando condições também para a organização de um percurso com dois aviões anfíbios que assegurem partidas da Marina do Parque das Nações e possam amarar em locais da margem do Tejo próximos de algumas das aldeias de pescadores avieiros. "A ser aprovada a concretização do investimento, o Tejo e toda a zona ribeirinha nunca mais serão os mesmos, desde o grande estuário à Golegã, passando por Valada e pelo Escaroupim", afirmam os promotores, considerando que, com este projecto, "o Tejo passará a ser uma referência para o turismo nacional e a candidatura da cultura avieira a património nacional ganhará um novo impulso e fundamentação".O consórcio promotor desta candidatura, liderado pelo Instituto Politécnico de Santarém, integra 39 entidades, entre elas 18 empresas e investidores individuais, sete câmaras municipais, duas universidades, quatro institutos de nível universitário, dois aeródromos privados, três associações de desenvolvimento, duas paróquias e uma associação empresarial. Um outro consórcio ribatejano apresentou também uma candidatura ao Provere para o projecto Valorização dos Mercados do Tejo, estimado em 190 milhões de euros. [03-02-2009] [ Jorge Talixa, Público ]

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