terça-feira, 21 de julho de 2009

Introdução

Este trabalho tem como objectivo criar uma ligação, uma ou mais hipotéticas parcerias entre Xantarino Hotel e outros serviços ligados a Santarém, cujo objectivo fomente o Turismo e o desenvolvimento da região.
Um dos objectivos é aproveitar os investimentos do Aeródromo de Santarém e os investimentos das zonas ribeirinhas para promover o Hotel e criar serviços inerentes aos mesmos.

O projecto apresentado pelos promotores da elevação da cultura avieira a património nacional foi aceite pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDRA).

Tendo em conta que nos próximos anos serão criadas e desenvolvidas muitas infra-estruturas, e baseado nas informações dos investimentos que serão feitas em pró da recuperação do Centro Histórico de Santarém, das zonas ribeirinhas, de algumas aldeias avieiras, da construção do aeroporto em Alcochete e da linha férrea do TGV.

O projecto prevê ainda a promoção do turismo fluvial com passeios e a criação de rotas, assim como de novos ancoradouros que permitam a mobilidade.

Informações e Propostas

De acordo com a história, a evolução do comércio e da indústria e a evolução dos produtos e serviços, deram-se com a expansão dos transportes e da comunicação.
Sendo assim, os projectos aqui mencionados neste blog, têm como objectivo, ficar pronto até 2017. Este é o tempo de fazer os devidos preparativos e para projectar um bom plano de Marketing para tirar o maior rendimento e partido desta situação que se avizinha.

Com os novos projectos a serem desenvolvidos em Santarém, Xantarino Hotel poderá alargar a seu leque de serviços e produtos, oferecendo assim um maior pacote de ofertas de produtos e serviços a seus clientes.

Xantarino Hotel, poderá no futuro oferecer a seus clientes passeios de canoas e de barco pelo Tejo, pesca desportiva, visitas guiadas as aldeias avieiras como Escaropim, Palhota, Patacão e outras, passeios de avião e táxi aéreo, desporto no Tejo, visitas ao património do Tejo e ao artesanato local e outros produtos e serviços além do habitual.

Para isso é preciso acordar com as empresas de transporte aéreo e fluvial, uma parceria em que os interessados divulguem e vendam ambos produtos na região. Outro modo de divulgação é aproveitar os postos de turismo para divulgar as actividades como concurso de pesca e práticas de desporto no Tejo. Não podemos esquecer que a Marina do Parque das Nações, é uma grande mais valia para promover o Hotel e o Turismo em Santarém.

A Marina do Parque das Nações é um elo muito importante para o negócio do Turismo, esta zona recebe milhões de pessoas por ano, destacam-se, como exemplos da arquitectura presente no Parque das Nações, as abóbadas das plataformas da Gare do Oriente, de Santiago Calatrava, impondo a sua linha arquitectónica; o Pavilhão de Portugal, do arquitecto português Álvaro Siza Vieira, que tem por entrada uma imponente pala de betão pré-esforçado, que se baseia na ideia de uma folha de papel pousada em dois tijolos, abrindo o espaço à cidade para albergar os diversos eventos que um espaço desta escala acolhe.

O Parque dispõe de um Pavilhão do Conhecimento, um moderno museu de ciência e tecnologia com várias exposições interactivas; um teleférico transporta os visitantes de uma ponta à outra da área da antiga exposição. De referir ainda o Pavilhão Atlântico, a emblemática Torre Vasco da Gama, o edifício mais alto da cidade, e o Oceanário de Lisboa, um dos maiores aquários do mundo.
Também é bom procurar uma parceria com um Hotel local, de maneira a fazer uma ponte de ligação entre Lisboa e Santarém.




Vantagens:

Angariação de novos clientes.
Desenvolver novos produtos e promover o Hotel.
Alargar o leque de ofertas, criando novos pacotes de férias.
Promover o Turismo da região.
Tornar o Hotel mais conhecido dentro e fora do país.
Publicidade em conjunto com o Turismo Local.

Na publicidade ao Hotel, proponho outdoors junto aos aeroportos e aeródromos, junto ao Parque das Nações, flyers nos postos de Turismo dos grandes Centros urbanos, nas aldeias avieiras envolvidas, nas casas de comércio e de artesanato locais, nos postos de turismo das principais praias do país, uma página na Internet bem elaborada mencionando as actividades e os serviços que oferece. De vez em quando publicar artigos e eventos que o hotel promove, no Jornal o Público.

As aldeias avieiras



As aldeias avieiras


"Avieiros" é nome dado ao grupo de pescadores naturais da Vieira de Leiria (alguns também de Aveiro) e que, desde o início do séc. XX até aos anos 60, começaram a chegar às margens do Rio Tejo e do rio Sado, sobretudo durante o Inverno, em busca de melhores condições para pescar.

Inicialmente rejeitados pelos naturais destas regiões ribeirinhas, os avieiros viam-se obrigados a viver dentro nos seus próprios barcos durante o período que passavam por estes rios acima. Pouco a pouco foram-se integrando na região e fazendo alguns trabalhos agrícolas, sobretudo nas culturas sazonais de Verão do Ribatejo como o milho e tomate.



Naquela altura começaram a passar boa parte do ano fora de casa e por isso foram apelidados de "ciganos do rio". Estar ausente do domicílio por períodos tão dilatados fez com que estes semi-nómadas, que protagonizaram o último grande movimento migratório do séc. XX em Portugal, tivessem que começar a construir pequenas habitações de madeira junto ao rio, maioritariamente sobre palafitas para escapar às cheias. É a estes grupos de casas que se dá o nome de aldeias avieiras. Hoje ainda existem 14, espalhadas por 10 concelhos ribeirinhos do Tejo e por mais dois no Sado (Grândola e Alcácer do Sal).



Sobre este povo de nómadas do rio há vários textos e livros escritos mas o melhor mesmo é ler o escritor Alves Redol que de forma sublime retratou esta comunidade no seu livro "Avieiros". Pode também passar pela reconstruída aldeia avieira do Escaroupim em Salvaterra de Magos, onde tem parque de campismo disponível e uma casa-museu onde pode ficar a conhecer por dentro como eram as suas casas e como viviam estes "ciganos do rio".


Ver notícia completa no Expresso.


A caminho do progresso



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segunda-feira, 20 de julho de 2009

Investimentos, aeroporto e TGV

2008-09-11
Governo apresentou programa com 120 projectos para a região Transferência do novo aeroporto faz aterrar milhões sobre a margem direita da Lezíria.

A deslocalização do novo aeroporto de Lisboa, de Ota (Alenquer) para o campo de tiro de Alcochete (Benavente), na margem sul do Tejo, traduziu-se numa espécie de taluda para quatro municípios da Lezíria do Tejo (Azambuja, Cartaxo, Rio Maior e Santarém) e 12 do Oeste. Ao todo são 2,1 mil milhões de euros de investimento previsto com fontes de financiamento diverso até 2017. Se os 120 projectos forem concretizados a face do território abrangido mudará substancialmente. Entre os projectos mais emblemáticos para esta região estão a construção de uma estação de TGV em Asseiceira (Rio Maior), a ligação ferroviária entre a Linha do Norte em Santarém, e a Linha do Oeste nas Caldas da Rainha, a variante ferroviária em Santarém e o estudo de viabilidade da variante rodoviária à EN3 entre Vila Nova da Rainha (Azambuja) e Santarém. Dos compromissos do Governo constam também a construção da esquadra da PSP do Cartaxo e do posto da GNR de Aveiras de Cima, o estudo de viabilidade técnica e financeira da ligação ferroviária entre Setil/Coruche/novo aeroporto de Lisboa, várias intervenções ao nível da rede viária, do património cultural e dos equipamentos de saúde e de educação. O protocolo de cooperação entre o Governo e os municípios foi assinado esta quarta-feira nas Caldas da Rainha e contou com a presença do primeiro-ministro José Sócrates. Os projectos do programa de acção foram negociados entre o Governo, através do ministro das Obras Públicas, Mário Lino - que coordenou os trabalhos - e os autarcas, entre Fevereiro e Julho. Os autarcas envolvidos não gostam muito que o programa de acção aprovado em Conselho de Ministros e publicado terça-feira em Diário da República seja visto como uma compensação pela perda do aeroporto e prejuízos daí decorrentes. Mas a verdade é que sem esse facto concreto dificilmente surgiria um bolo tão avultado de investimento num território que abrange apenas 16 municípios.Paulo Caldas, presidente da Câmara do Cartaxo, reconhece que esta é uma oportunidade única e um projecto estruturante para a região: “Essa ideia da compensação é ultrapassada. Trata-se de uma decisão política e de um bom modelo de cooperação entre ministérios e autarquias que conseguiram uma concertação estratégica”.Os 16 presidentes de câmara têm ainda que eleger entre si três representantes na comissão de acompanhamento e monitorização do programa de acção, que integrará também o ministro das Obras Públicas e dois secretários de Estado. Os concelhos abrangidos pelo programa de acção são: da Associação de Municípios do Oeste - Alcobaça, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Nazaré, Óbidos, Peniche, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras; e da Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo - Santarém, Cartaxo, Azambuja e Rio Maior. Os projectos dos municípios Para além dos projectos da responsabilidade do Governo, as autarquias vão assumir a execução de uma série de investimentos que contarão com financiamento nacional e europeu. Azambuja – Valorização do castro de Vila Nova de São Pedro e Mosteiro das Virtudes; requalificação do eixo urbano Azambuja/Aveiras de Cima; valorização da margem ribeirinha do Tejo e afluentes. Cartaxo – Valorização do parque central da cidade e da Ribeira do Cartaxo; Parque de Negócios Valleypark; valorização da margem ribeirinha do Tejo e afluentes; cedência de utilização das instalações do IVV. Rio Maior – Regeneração e reabilitação do espaço urbano da zona velha da cidade; Parque de Negócios de Rio Maior; valorização da margem ribeirinha do Tejo e afluentes. Santarém – Fundação da Liberdade; Centro de Turismo e Escola de Hotelaria; Casa dos Sabores – Centro Nacional de Gastronomia; requalificação urbana no centro histórico; valorização da margem ribeirinha do Tejo e afluentes; cedência de utilização das instalações do IVV.

Projecto para potenciar cultura avieira

Arquivo: Edição de 29-01-2009

Projecto para potenciar cultura avieira.
O núcleo de coordenação da candidatura da cultura avieira a património nacional entregou na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo um projecto de intenções de investimento e de desenvolvimento que abrange sete municípios ribatejanos ribeirinhos do Tejo. O valor total de investimento está estimado em 27 milhões de euros e é o resultado da criação de um consórcio que engloba 39 instituições de todo o País, entre elas 18 empresas privadas e investidores em nome individual, instituições de ensino superior, sete câmaras municipais, a associação empresarial Nersant, dois aeródromos privados (Santarém e Benavente), duas paróquias e três associações para o desenvolvimento.
O principal objectivo é desenvolver a região do Tejo e da Lezíria a partir de uma rota turística com base no rio Tejo”, diz o gabinete coordenador do projecto. Um percurso em dois aviões anfíbios, com partida da Marina do Parque das Nações e locais de amaragem no Tejo próximo das aldeias avieiras é um dos projectos mais arrojados. É também intenção recuperar todas as aldeias avieiras da Azambuja à Golegã.
“A ser aprovada a concretização do investimento, o Tejo e toda a zona ribeirinha nunca mais serão os mesmos, desde o grande estuário até à Golegã, passando por Valada e Escaroupim. Com as propostas que apresentámos ao Governo consideramos que o Tejo passará a ser uma referência para o turismo nacional e que a candidatura da cultura Avieira a património nacional ganhará um novo impulso e fundamentação”, afirma a mesma entidade. Este é um projecto organizado e desenvolvido pelo Instituto Politécnico de Santarém, Escola Superior de Educação de Santarém, Associação Náutica da Marina do Parque das Nações e pela Associação Independente para o Desenvolvimento Integrado de Alpiarça. Foi entretanto alargado a dezenas de instituições.

Outras notícias

Projecto de 27 milhões, propostas contemplam investimentos de fundo nos aeródromos de Benavente e de Santarém. Recuperação de aldeias de pescadores também está incluída A criação de percursos em aviões anfíbios entre o Parque das Nações e as principais povoações avieiras do Tejo é um dos projectos da candidatura Avieiros do Tejo e Sado, que ultrapassou, no final de Janeiro, a segunda fase de apreciação no âmbito do Programa de Valorização Económica de Recursos Endógenos (Provere). O desenvolvimento de uma rota turística da cultura avieira que envolva a recuperação das oito aldeias de pescadores ainda existentes entre Azambuja e a Golegã e a reconstrução de quatro aldeias típicas de raiz são outras iniciativas propostas. Trata-se de aglomerados populacionais que foram fundados por pescadores oriundos de Vieira de Leiria - daí a sua designação - que se estabeleceram nas margens do Tejo e do Sado em meados do século passado.A candidatura, que em Agosto obteve um parecer prévio favorável da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, viu agora aceites as suas intenções de investimento, estimadas em cerca de 27 milhões de euros. A iniciativa pertence a um consórcio composto por 49 entidades e liderado pelo Instituto Politécnico de Santarém, em paralelo com o processo de candidatura da cultura avieira a património nacional. Visa "desenvolver um projecto turístico e cultural integrador de diversas actividades económicas e culturais ao longo do rio Tejo" enquanto potencial factor estratégico de desenvolvimento da região. Depois do primeiro parecer favorável obtido em Agosto, a candidatura ao Provere apresentou um projecto de intenções de investimento e de desenvolvimento para criar "a primeira rota turística do Tejo", ligando a marina do Parque das Nações a toda a zona compreendida entre Vila Franca de Xira e a Golegã, por via fluvial, rodoviária e aérea. Neste último domínio estão contemplados investimentos na melhoria dos aeródromos de Benavente e de Santarém, criando condições também para a organização de um percurso com dois aviões anfíbios que assegurem partidas da Marina do Parque das Nações e possam amarar em locais da margem do Tejo próximos de algumas das aldeias de pescadores avieiros. "A ser aprovada a concretização do investimento, o Tejo e toda a zona ribeirinha nunca mais serão os mesmos, desde o grande estuário à Golegã, passando por Valada e pelo Escaroupim", afirmam os promotores, considerando que, com este projecto, "o Tejo passará a ser uma referência para o turismo nacional e a candidatura da cultura avieira a património nacional ganhará um novo impulso e fundamentação".O consórcio promotor desta candidatura, liderado pelo Instituto Politécnico de Santarém, integra 39 entidades, entre elas 18 empresas e investidores individuais, sete câmaras municipais, duas universidades, quatro institutos de nível universitário, dois aeródromos privados, três associações de desenvolvimento, duas paróquias e uma associação empresarial. Um outro consórcio ribatejano apresentou também uma candidatura ao Provere para o projecto Valorização dos Mercados do Tejo, estimado em 190 milhões de euros. [03-02-2009] [ Jorge Talixa, Público ]
Rota turística avieira envolve viagens em aviões anfíbios
03-Fev-2009
Projecto de 27 milhões, propostas contemplam investimentos de fundo nos aeródromos de Benavente e de Santarém. Recuperação de aldeias de pescadores também está incluída A criação de percursos em aviões anfíbios entre o Parque das Nações e as principais povoações avieiras do Tejo é um dos projectos da candidatura Avieiros do Tejo e Sado, que ultrapassou, no final de Janeiro, a segunda fase de apreciação no âmbito do Programa de Valorização Económica de Recursos Endógenos (Provere). O desenvolvimento de uma rota turística da cultura avieira que envolva a recuperação das oito aldeias de pescadores ainda existentes entre Azambuja e a Golegã e a reconstrução de quatro aldeias típicas de raiz são outras iniciativas propostas. Trata-se de aglomerados populacionais que foram fundados por pescadores oriundos de Vieira de Leiria - daí a sua designação - que se estabeleceram nas margens do Tejo e do Sado em meados do século passado.A candidatura, que em Agosto obteve um parecer prévio favorável da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, viu agora aceites as suas intenções de investimento, estimadas em cerca de 27 milhões de euros. A iniciativa pertence a um consórcio composto por 49 entidades e liderado pelo Instituto Politécnico de Santarém, em paralelo com o processo de candidatura da cultura avieira a património nacional. Visa "desenvolver um projecto turístico e cultural integrador de diversas actividades económicas e culturais ao longo do rio Tejo" enquanto potencial factor estratégico de desenvolvimento da região.Depois do primeiro parecer favorável obtido em Agosto, a candidatura ao Provere apresentou um projecto de intenções de investimento e de desenvolvimento para criar "a primeira rota turística do Tejo", ligando a marina do Parque das Nações a toda a zona compreendida entre Vila Franca de Xira e a Golegã, por via fluvial, rodoviária e aérea. Neste último domínio estão contemplados investimentos na melhoria dos aeródromos de Benavente e de Santarém, criando condições também para a organização de um percurso com dois aviões anfíbios que assegurem partidas da Marina do Parque das Nações e possam amarar em locais da margem do Tejo próximos de algumas das aldeias de pescadores avieiros. "A ser aprovada a concretização do investimento, o Tejo e toda a zona ribeirinha nunca mais serão os mesmos, desde o grande estuário à Golegã, passando por Valada e pelo Escaroupim", afirmam os promotores, considerando que, com este projecto, "o Tejo passará a ser uma referência para o turismo nacional e a candidatura da cultura avieira a património nacional ganhará um novo impulso e fundamentação".O consórcio promotor desta candidatura, liderado pelo Instituto Politécnico de Santarém, integra 39 entidades, entre elas 18 empresas e investidores individuais, sete câmaras municipais, duas universidades, quatro institutos de nível universitário, dois aeródromos privados, três associações de desenvolvimento, duas paróquias e uma associação empresarial. Um outro consórcio ribatejano apresentou também uma candidatura ao Provere para o projecto Valorização dos Mercados do Tejo, estimado em 190 milhões de euros. [03-02-2009] [ Jorge Talixa, Público ]
Rota Turística vai ligar Vila Franca à Golegã pelo Rio Tejo

26-01-2009, fonte: O Mirante

O projecto apresentado pelos promotores da elevação da cultura avieira a património nacional foi aceite pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDRA).

O projecto de criação de uma rota turística com base no rio Tejo, apresentado pelos promotores da elevação da cultura avieira a património nacional, foi aceite pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDRA), estando em avaliação.
João Serrano, da Associação Independente para o Desenvolvimento Integrado de Alpiarça (AIDIA), uma das instituições envolvidas no processo, disse hoje que o projecto tem um investimento estimado de 27 milhões de euros, envolvendo 39 instituições de todo o país.
O objectivo é desenvolver uma rota turística com base no rio Tejo, ligando a Marina do Parque das Nações à Golegã por vias fluvial, rodoviária e aérea, afirmou.
Para garantir esta acessibilidade, o projecto integra dois aeródromos, o de Santarém e o de Benavente, este com um percurso em dois aviões anfíbios que ligará a Marina do Parque das Nações às aldeias avieiras, disse.
O projecto prevê a recuperação das aldeias avieiras (que acolheram as populações migrantes, sobretudo da Vieira de Leiria, que, nas primeiras décadas do século XX, procuraram no Tejo a subsistência que o mar não lhes dava) desde a Azambuja até à Golegã.
Uma das componentes do projecto é a reconstrução de raiz das aldeias das Faias (em Benfica do Ribatejo, Almeirim), Palhota (Cartaxo), Barreira da Bica (Vale de Figueira, Santarém) e Caneiras (Santarém) e a recuperação de algumas casas palafitas no núcleo da Azinhaga (Golegã) e Azambuja, disse João Serrano.
Do consórcio que assina o projecto fazem parte 18 empresas e investidores, as Universidades de Aveiro e Évora, os Institutos Politécnicos de Santarém e Tomar, o Instituto de Arte, Design e Marketing de Lisboa e o Instituto Hidrográfico, além da Associação Empresarial da Região de Santarém (Nersant) e sete câmaras municipais.
Estão ainda envolvidas as paróquias de Vale de Figueira, que quer ver recuperado o altar e a talha, do início do século XVIII, da sua igreja, e a de S. Vicente do Paul (ambas do concelho de Santarém), que tem já em curso um investimento para acolhimento de caminheiros da Rota Mariana que quer alargar ao turismo.
O projecto insere-se no esforço para elevar a candidatura avieira a património nacional, um processo que, segundo João Serrano, este ano passará pela realização de diversas iniciativas que visam dar visibilidade à cultura avieira, como a peça de teatro que está em cena no Teatro Sá da Bandeira, em Santarém, e que tem esgotado a sala.
Segundo disse, actualmente estão em curso 16 estudos, o primeiro dos quais a ser publicado até ao final de Março abordando a questão da religiosidade popular avieira, que vão fundamentar a candidatura a património nacional.
Estes estudos, antropológicos, etnográficos e sociológicos, vão acompanhar a evolução da candidatura nos próximos três anos, adiantou.
Os promotores da candidatura avieira aguardam ainda resposta do ministro da Cultura a um pedido de audiência, já que fazem questão de lhe apresentarem o projecto, acrescentou.
Para Novembro está a ser preparado o I Congresso Nacional da Cultura Avieira, onde será feito o ponto de situação da candidatura e apresentados os resultados de alguns estudos.